segunda-feira, 4 de março de 2013

"Quer subir?" Por amor ou besteira foi que ela disse pra mim.

Uma foda.
Deitados na cama.
Suados, inseguros, saciados.
Jogar a conversa fora.
Lembranças da infância.
Quando ela achava que podia voar,
caiu e quebrou o queixo.
Sempre detestou não ter asas.
Quando ele só queria acompanhar o primo
e se perdeu no próprio bairro,
até a polícia apareceu.  
A primeira vez que ficou bêbada.
A primeira vez que ficou chapado.
As primeiras vezes.
E quando ela pescou um baiacu?
Risos.
Uma música daquela banda foda tocando no pc.
Um jogo de poker.
Um papo-cabeça.
O socialismo, o capitalismo, o ateísmo,
o casamento gay, The Beatles vs Rolling Stones...
Os planos, os desejos.
Fundar uma escola.
Abrir um empresa.
Montar uma guerrilha.
Mudar o mundo.
Uma, duas, três doses de vodca.
Contar piadas, falar besteiras.
Rir, rir muito.
Tomar sorvete.
Ir na praia.
Andar de Bicicleta.
Puxar um, fazer a cabeça.
Brisar e gastar.
Olhares excitados.
Gestos cúmplices.
Outra foda.

Eu sou

Meu querer.
Quero tudo que me cabe
E que me transborde.
Sou uma eterna apaixonada
Por qualquer um
Ou qualquer vários
Ou nenhum qualquer
E até qualquer eu.
Sou uma constante necessidade
Do muito, do bastante.
De sensações e de emoções
Pulsantes.
Uma urgência intensa de tudo,
inclusive do nada.