domingo, 29 de junho de 2014

Aos poucos e de repente

Eu, um caso à parte
uma fuga da realidade
sem frescura pra nada
das três, a mais respeitada

Você, um desses casos aleatórios
sempre carinhoso
tão real e tão fantasioso
entre três, o meu preferido

Entrou
na minha vida do mesmo jeito que
saiu
Estranhamente aos poucos
E misteriosamente de repente
Correndo pra fugir do mundo
Fugindo pra conquistar o nosso mundo

Lembro de quando não quis te passar meu número
Lembro de quando o que eu mais queria era seu telefonema
Sinto saudades, sinto vontades
invento as verdades
ansiosamente e secretamente, te espero
mas, sinceramente, não me importo

Mesmo sem dizer, ficou combinado assim:
vamos esquecer o que é sério
Mentiras aqui, compromissos ali
conversas jogadas fora, o desejo cresce
um novo tipo de amor floresce
O que eu mais queria era ser sua
e não ser sério
como já disse, não me importo, sério

Percebi
que me sinto feliz com as minhas ilusões
e igualmente
confortável com as minhas desilusões

E o filme que assisti pra te contar?
E aquela saída que a gente ia marcar?
Quando vai aparecer pra me salvar?
Faltam quantos dias pra você chegar?
É pecado se eu não quiser que você vá?
E com todas essas obrigações, será que vai dar?

Não deu.