terça-feira, 13 de janeiro de 2015

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Desamor

Ela pensa nele
desde quando ficaram pela primeira vez

Ele pensa nela
antes mesmo de ficarem pela primeira vez

Ela gostou e quis repetir
Ele gozou e se perdeu por aí

Ela achou que ele fosse cafajeste
e que seria só mais uma

Ele achou que ela fosse vim atrás dele
e esperou, esperou, esperou

Toda vez que ela o via,
uma faísca acendia
mas ela resistia

Toda vez que ele a via,
um fogo ardia
mas decidiu que disfarçaria

Ela não sabia o que ele sentia
Ele não sabia o que ela sentia
Os dois sentiram tanto
depois, sentiram muito
o receio foi mangueira
apagou o que poderia ter sido
um incêndio

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

2015 feliz

O cara por quem se apaixonou,
viciou e disse que não queria nunca mais vê-lo:
foi o primeiro conhecido que encontrou depois da virada do ano.

Passou o dia primeiro inteiro fumando,
quando decidiu que ia reduzir os cigarros:
melhorar a saúde,
melhorar o condicionamento físico.

Percebeu que a virada assim como todas as outras datas
são só datas
alegorias
inventadas
por nós, humanos
para determinar alguma coisa que não sei
mas tem algo de cultura, tradição, economia
tudo junto assim
coisas inventadas
por nós, humanos

A mudança não é repentina
a maturidade nada tem a ver com idade
o jeito como lidamos com as coisas da vida
não cumpre prazos

A evolução deve ser trabalhada dia-a-dia
até seu estopim e continuar
porque ela não obedece ao calendário
ela simplesmente acontece
às vezes muito cedo
às vezes muito tarde
mas sempre na hora certa