segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Reflexões

Por que você dá tanto poder a alguém?

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

"Você já está engajado, mesmo que pense que não está. Você tem um papel na sociedade e apenas não se deu conta disso. Fique atento ao significado da sua situação."

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Simone de Beavouir fala:

Para nós, a moral não é uma questão de princípios ou valores eternos, mas uma questão concreta de eficácia sempre no sentido de servir ao bem, à felicidade e à liberdade do homem.

O que prevalece no mundo é a necessidade e a impotência do planeta em satisfazer a todos de forma primitiva.

O amor é a renúncia em qualquer posse. - Segundo Sexo
Penso que amar de fato não é querer possuir, mas que amar seja querer criar elos com outro ser que não são de possessão, como de possuir uma roupa ou o que comemos.

[ciúmes] Há os que são um tipo de compensação porque nos sentimos falhar em nossa existência e centramos tudo no amor e no ser amado.

No geral, não creio que exista uma natureza humana. Creio que o homem depende de condições de todo tipo, a começar por fisiológicas, é claro, e também de local, tempo, civilização, técnica, etc.

[sobre a condição feminina] Não é uma revolta, nem protesto. Só gosto de descrever. Penso que é sempre bom tomar consciência das coisas. Dito isto, protestar seria vão porque não cabe ao homem nem à mulher, de momento, transformar a situação como num passe de mágica.

Aí a questão da mulher se liga ao trabalho, mão de obra, desemprego, portanto da necessidade, da escassez, da riqueza, etc. Nem o homem, nem a mulher, nem ninguém em especial é o culpado por essa condição senão o conjunto do mundo como ele é.

Que a mulher tenha filhos, isso é muito importante, mas querer reduzi-la a isso só mesmo o hitlerismo e o fascismo italiano fizeram.  Em geral admite-se que a mulher é um ser humano que pode fazer algo além de ter filhos.

O princípio do casamento é obsceno. Quer dizer, dois seres fixados um ao outro por instituições por elos puramente externos sem nada mais no coração ou na carne que os uma, chega a ser algo tão repugnante quanto à prostituição. [...] As relações devem ser mais de sentimento e liberdade, do que de instituições.

Não fui uma revoltada no dia-a-dia,  mas acabei sentindo grande aversão depois pela mente burguesa. Foi pouco a pouco, por isso acho que foi muito profundo. Começou com algum mal-estar, eu achei que havia incoerência no que as pessoas diziam e o que faziam, que seu modo de vida era pouco inteligente, que não sabiam viver.  Isso com 12 ou 13 anos, pensei que coisas aconteciam sem razão alguma, que poderiam não acontecer. Pouco a pouco, sem revolta, uma espécie de estupidez me saltou aos olhos, da qual eu quis me livrar. Trabalhei pra isso, quando me tornei estudante e criei um plano de vida, tentei me afastar ao máximo desse tipo de esquema pronto.  Eu quis inventar minha vida, eu achava que poderia e que me sairia melhor do que repetindo rotinas consagradas, mas muito mal percebidas.

[deus] Não foi uma crise, foi uma tomada de consciência. [...] Colocar o problema de que existimos na Terra, sem procurar penetrar a cadeia de causas e efeitos. Digamos que percebi que não tinha razões para crer. E que as pessoas que me cercavam acreditavam sem ter razões também. A mim parece um recurso um tanto desesperado. De qualquer forma, quem vai interpretar a vontade de um deus ou como se dá a transcendência aqui no mundo será cada um, em sua consciência. Cada um interpreta deus por suas próprias tendências.


A entrevista intitulada Simone de Beauvoir Falacensurada na década de 60 pelo arcebispo de Montreal, foi concedida em 1959 à Rádio Canadá e ao entrevistador Wilfrid Lemoine.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

De cara

desce ladeira,
sobe ladeira,
passa pelo beco,
desce escada,
sobe escada,
volta pelo beco
e... nada.
e onde tem: miadaça.
na luta contra a cara,
eu perdi essa batalha.
e agora, quem poderá nos salvar?
me aconselharam a fazer uma loucura pra extravasar...
e eu concordei...
te cuida!