sábado, 23 de novembro de 2013

Canábico horizonte


Em meio a transações, transições e confusões, o homem perde a visão. A ganância, as vaidades, o egoísmo o cegam. E quando eles olham, só enxergam seus próprios umbigos. Dominados pelos mais sentimentos mesquinhos, eles se tornam incapacitados. Incapazes de enxergar todos a sua volta, incapazes de oferecer uma ajuda ao próximo. Nem ao menos um sorriso. Incapazes de se solidarizar pelo outro, incapazes de sentir. Quanto mais penso na humanidade, menos quero pensar nela. 

Nesse momento, eu poderia pensar em todo esse mundo fodido. Em todas as angústias, em todos os suicídios, em todas as loucuras. Mas nesse momento, eu senti paz. Afinal, também existia a compaixão, ainda havia restos de humanidades em raras almas. Ainda existiam pessoas com quem se pode conversar, rir, planejar e plantar só o bem. E lugares tranquilos, belos. Lugares que se sente a harmonia no ar. Nesse momento, pra mim, estava alucinantemente nítido o que sobrou do céu. Todas as cores escondidas nas nuvens da rotina.

Aos meus amigos do Pico de Jah.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

"Decifra-me ou devoro-te"

Poderia ser o enigma da esfinge, mas não é.

Cientificamente falando, é bem mais simples. Algo como um conjunto de reações que desencadeiam no meu corpo quando vejo o seu.
Mentalmente, é sobre como isso intriga a minha mente. Sei muito de você mas não sei quase nada.
Eu posso ouvir seu silêncio a quilômetros de distância mas não consigo entendê-lo.
"Ele é vago, enigmático, reservado. Pode ser por cautela ou preservação, por algum medo ou receio. Pode ser tudo isso junto e pode não ser nada."
Pois é, cada um com seus mistérios e sua história.
E enfim, me sobram dúvidas e me faltam certezas.
Saber tudo, pode decepcionar.
Não saber nada além de pouco, é confuso.
Te descobrir aos poucos, é excitante.

Seu mistério me atrai.