quarta-feira, 29 de junho de 2016

letra "Estado em emergência" - Pawlista&Maria [parte I]

Ignorância, o mal do milênio
3 meses sem aula, 2012, a Bahia merece um prêmio
de consolação, não tem educação, essa é a solução
de manter o cidadão nas rédeas
e o salário do corrupto acima da média

O problema é do estado, capital onipotente
governantes e bilionários, os verdadeiros delinquentes
Quem luta por melhoria, faz greve e é condenado
pela mídia é taxado de desocupado
Quem levanta a voz, apanha dos porcos fardados
vira réu de um crime em que o governo é culpado

Descaso, escola caindo aos pedaços
É a corrupção deixando seus rastros
Valores falidos, ônibus fudidos
Tudo entregue às traças,
não dá vontade de estudar em meio a essa desgraça
O aluno desprezado não tem futuro promissor
Professor, ensina por amor, já perdeu seu valor

Criança pobre passa fome e não tem merenda
O dinheiro foi pra cueca, isso pra mim é uma ofensa
Jaques Wagner veio inaugurar refeitório,
enquanto nós padecemos no ambulatório
Nós morrendo, vós sofrendo, eles superfaturados
Jabes Ribeiro a verba da saúde correu pra que lado?

Chega de discursos,
Não quero ser mais uma vítima da falta de recurso
que paga imposto, paga plano de saúde
mas na hora do sufoco: Deus nos ajude!
Pobre não pode ter doença que a morte é sua sentença
Estado em emergência
chegar ao fim do dia é questão de sobrevivência

E você em frente à TV, não consegue ver
Governo que desgoverna e só faz te fuder
O rico dita as regras, sempre foi assim
Luto contra esse sistema por você e por mim
Quem tem grana banca campanha e depois o povo apanha
Candidato eleito tem que facilitar,
benefícios e isenções só pro burguês lucrar

Por isso eles não querem te ver bem informado
Eles riem de você, tá tudo errado
Acorda! Baiano não é atrasado
Levanta, vamo lutar lado a lado
Se liga no que acontece, procure se informar
A conta deles só cresce e o povo fica ao "deus dará"

domingo, 26 de junho de 2016

O silêncio fala pra quem sabe ouvir

Só quem tem
Medo
Receio
da exposição
pode sentir.

As pessoas acomodadas não ouvem,
as individualistas não sentem.
Sempre apressadas, sempre correndo,
nunca escutarão o grito mudo
dos desamparados.

E é no meio do caos, da violência,
do egoísmo e da vaidade,
que eu os ouço perfeitamente.

É no meio desse caos, dessa violência,
desse egoísmo e vaidade
que eu os procuro. Os marginalizados.

Eles renunciaram à hipocrisia,
não se submeteram ao conformismo.
Rejeitaram os valores morais ultrapassados
e corruptos da sociedade.
Menosprezaram o dinheiro e o poder.

Sem amparo em meio ao caos e a violência
e à margem do egoísmo e da vaidade
É onde vivem
sem imposição
Se divertem
sem padrão
Se revoltam e
cantam a liberdade de estar
desamparados e marginalizados.

Só quem está igualmente
Inconformado
Incomodado
Angustiado
pode ouvi-los.

O inferno são eles para os outros

O fluxo do imperialismo
causando um tráfego de horrores.
Horrores que são vistos pelos meus olhos,
sentidos pela minha pele,
escutados pelos meus ouvidos,
vivenciados pela minha alma.
Venenos ingeridos.
Sentimentos nocivos à minha sanidade.
Recuo. Espero. Respiro lentamente.
Por mais desesperador que tudo possa parecer e é,
 ninguém pode (ainda) controlar meus devaneios.
Sendo assim, posso eu mesma
inventar o paraíso e permanecer nele,
dentro dele, dentro de mim, em mim, em paz.

Ideologia, eu quero uma pra viver

Diante de tantas atrocidades
intelectuais e físicas cometidas pela maior parte dos homens,
por que eu deveria me importar com eles?
Seria por um desejo egoísta de pode viver livremente o meu querer?
Teria eu pena altruísta de todos os ignorantes e escravos?