quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

"Talvez"

"A pessoa gosta de quem a interessa, de quem ela quer. Sem essa coisa de alma gêmea, destino e príncipe encantado. Como se as coisas dependessem somente de cada um." - Era assim em sua cabeça.

Até que você apareceu. Tanta coisa em comum, ao menos na cabeça dela. Não poderia ser mera coincidência. Não na cabeça dela. Era aquilo de estar no lugar certo, na hora certa e encontrar a pessoa certa. "Mas não existe pessoa certa, lembra?" - Mas era a certa, com certeza. E ela se empolgava, se entusiasmava, morria de medo só de pensar em você. E gaguejava e tremia e... aquele frio na barriga.
Estava encantada. Seduzida. Submissa. Perdida. E ciente disso, apaixonada por isso e assustada com isso.

- Era o jeito meio calado, meio extrovertido.
- Não, eram as ideias e os ideias parecidos.
- Não, era o sarcasmo, a ironia. 
- Não, era o desejo e o orgulho. A vergonha e o desejo.
Era perfeito.

Se ele sabia? Se queria? Se sentia o mesmo? Se ia durar? Se existia mesmo "algo" pra durar?" Talvez. Tanto faz ...podia ser pouco, simples e ótimo. Não precisava ser grande, não precisava ser eterno, ela nem queria isso.
Era como uma novidade pra ela, uma droga nova esperando pra ser experimentada. Se o efeito seria rápido? Ela não tava ligando pra isso. Ela queria degustar, mastigar, chupar, engolir, apertar, cheirar, tomar, injetar, foder e sentir. É, sentir. Até ter uma overdose.


“Cara, você não podia existir: é igualzinho a mim! Isso me enoja, sério. Não vai dar certo. Mas eu quero, eu preciso. Acho que já te amo... Isso é um absurdo! Será? Talvez.” - ao menos na cabeça dela.