quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Mais uma de amores líquidos...

eu penso em você com todo apreço;
sinto um poema, leio uma música, te ofereço.
o não haver reciprocidade é o preço
pago.
apago mensagens
afago, sozinha, meu peito.
eu quero te incluir em tudo
sem medo,
fazer viagens, passeios, bobagens
mas para cada ideia, uma desculpa.
e ainda me faz sentir culpa.
sinto culpa e tédio.
você faz planos e não me diz
sua pouca ternura é o que condiz
com o meu exagerado apego.
paro e observo;
é o que eu mereço?
em bando, sou como um qualquer elemento
quando só, sirvo como objeto direto
do seu predicado carente de sujeito.
que tipo de consideração é essa?
uma hora banquete de festa,
outra hora refeição indigesta.
eis o meu apelo:
ó, coração, razão, sentimento
por que amar pra mim sempre é sofrimento?