quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

“Tenho uma espécie de dever de sonhar sempre, pois, não sendo mais, nem querendo ser mais, que um espectador de mim mesmo, tenho que ter o melhor espetáculo que posso. Assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, palco falso, cenário antigo, sonho criado entre jogos de luzes brandas e músicas — visíveis.”

[Bernardo Soares (Fernando Pessoa) 
do “Livro do Desassossego”.
Lisboa: Tinta da China, 2014.]