É porque não dou sopa, estou sempre elétrico.
Nada que se aproxima, nada me é estranho:
Fulano, sicrano e beltrano;
Seja pedra, seja planta, seja bicho, seja humano...
Quando quero saber o que ocorre a minha volta
Ligo a tomada, abro a janela, escancaro a porta,
Experimento tudo. Nunca me iludo.
Quero crer no que vem por ao beco escuro...
Me iludo passando presente futuro.
Revir na palma da mão o dado
Presente futuro passado.
Tudo sentir de todas as maneiras
É a chave de ouro do meu jogo.
De minha mais alta razão.
Na sequência de diferentes naipes
Quem fala de mim tem paixão.
[Waly Salomão]