segunda-feira, 1 de abril de 2013

Essa noite vai dormir feliz.

 Os filhos dele que pouco se importavam quanto a sua existência. A mãe, coitada, já velhinha, não aguentava mais aquele filho beberrão. Só gritava, por nada e com todos ao redor e serventia nenhuma tinha no mundo. Claro que nada disso é motivo para se assassinar alguém. O motivo ou os motivos só ela sabia e não falara com ninguém. Pra quê? Nenhuma pobre alma dessa terra entenderia seu melancólico lado psicopata.

Ela queria paz, todo aquele estresse de sua jovem vida, os xingamentos, os gritos, a exploração. Ninguém havia ficado do seu lado em momento algum. Então ela guardou dentro de si, por todos aqueles anos. Aquilo deixava sua mente moída. Passava pelas suas veias como um veneno que arde, que queima, que suga qualquer coisa de belo. Família de sangue não significava muita coisa. E nada foi em vão. Podia chorar, podia gritar, podia brigar. Mas não. Ela o matou. Fria e calculista. De 30 maneiras diferentes, talvez mais até. Não sentiu dó. Não sentiu pena em nenhuma das 30 vezes. Na verdade, quanto mais fazia, mais queria. Planejou todos os seus passos. E nada deu errado.

O dopou e o amarrou na cama, esperou acordar e rindo da cara dele, enfiou a enorme faca no peito, na barriga, no único rim que lhe restara e em todo o resto. Girava a faca bem devagarinho, ele contorcia de dor e gemia e ela gozava daquilo, era extasiante. Cortou a língua dele que tanto tirava a sua paz. Riu. Riu muito. E gritou todas as verdades na cara dele.
era um inútil repugnante afinal. HAHAHA-
e enfim uma facada no olho, atravessando seu crânio. O golpe final.

Na verdade, já tinha o matado antes, envenenando sua comida. E com algumas gotas em seu café daquele remédio pra subir a pressão. mas ele já tinha pressão alta. Outra vez, entrou em sua casa, dando uma surra e o matado a pauladas; e a tiros à queima roupa. Já tinha o esquartejado e dado pra porcos e urubus comerem. - Pobres animais.-
 Já o atropelou, passou por cima da cabeça 5 vezes - Só pra garantir -
Fervera água, mal conseguia segurar os vasos, mesmo com as luvas, de tão quentes que estavam, e jogou em seu corpo totalmente despido. Dava pra ouvir os gritos a quarteirões de distância. Aquilo tudo era muito divertido pra ela.

E todas as outras maneiras também. Divertidíssimas. Não foram poucas. Merecia mais.
- Aqui jaz. HAHAHAHA -

E no meio dessa euforia de sangue jorrando, de verdades sendo ditas, de órgãos arrancados, de dentes quebrados, de ossos expostos, ela só não entendia uma coisa: Por que toda vez que ela voltava pra casa, ele continuava ali, atormentando sua vida?