sábado, 13 de abril de 2013

Deixa rolar, baby.

A morte é o impulso pra vida.
Não é uma opção.
Não é boa nem ruim, vai muito além disso.
Além: sentimentos, vontades, saudades, medos, escolhas, sacrifícios.
O fim está sempre perto,



Ela sabe que as pessoas ao seu redor vão morrer e teme.
Porque ela não sabe como é ter e perder alguém. Não é como viajar, ir morar do outro lado do mundo, tendo a possibilidade de se encontrar um dia, não é assim. Nunca mais você a verá, nunca mais irá contar suas besteiras, suas descobertas. Nunca mais vai brigar e abraçar. Nunca mais vai xingar e no momento seguinte dizer que ama. Nunca mais vai rir ou chorar junto. Junto; nunca mais. Nunca mais não é questão de tempo, é uma questão de sentir. É um sentimento tão pesado, tão grande e às vezes tão incômodo que não cabe nela nem em lugar nenhum. Não dá pra aguentar nem física nem psicologicamente. Ela simplesmente não sabe como lidar com isso. E tem muito medo. O que vai fazer depois? Ela não tem a mínima ideia.

Ela sabe que vai morrer e não teme.
Ela sabe também que é daí que vem o desejo de fazer algo marcante, satisfazer um desejo, realizar um sonho. Se fosse viver pra sempre, viveria adiando seus feitos (mais que o normal). Viver de diversões, trabalhos, encontros adiados é dizer: "- Ah, deixa a vida pra lá." E, felizmente, ela  sabe que só temos essa vida pra viver (até que se prove o contrário) e assim que nascemos começamos a morrer. Não podemos nos dar ao luxo de adiar a vida. E o que virá depois? Bem, ela não liga.



[...]
Só resta aceitar. Ou não.