quarta-feira, 19 de junho de 2019

Afã

Exposição excessiva 
de um maquiada rotina;
Me entendia.

A verdadeira essência 
à revelia;
monotonia.

Fora das telas, qual parte sua 
Sua e irradia?

A verdade, angústia, dúvida 
- e tudo aquilo que pode cegar -
é, também, o que brilha.

Proceder pra vencer pra crescer 
prevalecer;
Dor não se evita.

Indignada, 
planto indagações, colho rebeldia

As nações submetidas às corporações
Banqueiros que especulam 
nossos corações

Mas nossas canções não cabem em podres padrões.

Tentando descobrir como me satisfazer 
A f u n d o 
em vivências rasas...

Se não posso desbravar, 
devo ao menos suportá-las 

Mas meu coração em riste, não me permite 
A não ser um pensar triste 
Um pesar mais do que tudo que existe

Sentimento ardente, sigo ardentemente
O horror à minha frente
Faz com que minha sina seja urgente

Desejo insurgente

Estou viva, não sou uma vítima
enquanto a pátria me renuncia
Acha que não dói ser chamada de terrorista?

Por ser quem eu quis ser
Sou; não vou me desfazer

Por estar onde eu estou,
Vou; sem fronteiras a me prender.

(ego em desespero
ou orgulho como oportunidade?)

Com o ar rarefeito e o brilho na retina, sumi na neblina...