domingo, 3 de setembro de 2017

Agalopado - Alceu Valença

(...)

"E faço a lua brilhar no meio-dia,
Tempestade eu transformo em calmaria
E dou um beijo no fio da navalha
Pra dançar e cair nas suas malhas.
Gargalhando e sorrindo de agonia,
Se acaso eu chorar não se espante,
O meu riso e o meu choro não têm planos
Eu canto a dor, o amor, o desengano
E a tristeza infinita dos amantes.
Don Quixote liberto de Cervantes
Descobri que os moinhos são reais.
Entre feras, corujas e chacais
Viro pedra no meio do caminho
Viro rosa, vereda de espinhos 
Incendeio esses tempos glaciais..."