segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

O que é preciso para nos engajarmos?

A desesperança com o nosso modelo representativo é consequência dos inúmeros casos de corrupção e abusos de poder de uma elite burguesa através do Estado (a tal bancada BBB - bala, boi e bíblia). Vivemos em época de total descrença com relação à eficácia dos instrumentos estatais e perpetuamos sérias divergências que nos dividem e enfraquecem. Leis, por exemplo, que legitimam o caráter exploratório e os privilégios conseguidos por essa elite na esfera político-econômica brasileira. Siglas (PT, PSDB, PMDB...) que não definem nem a si mesmas, tentam nos enganar com discursos muito bem escritos que maquiam a realidade vergonhosa e desonesta dos jogos de interesses e poder político.

Mas isso não deve ser encarado como obstáculo, senão como um estímulo para a nossa adesão cada vez maior nos debates e nas decisões políticas. É necessário um despertar coletivo através de estudos e ações focados no desenvolvimento (entende-se por desenvolvimento o crescimento econômico aliado ao bem estar social). Não por acreditar que seja essa nossa obrigação, mas por simples questão de querer, queremos conviver numa sociedade evoluída e pacífica, harmônica para com as capacidades e preferências de cada indivíduo, queremos preservar o entendimento que o individualismo egoísta não sobrevive por si só.

Seres sociais como somos, é preciso conservar a união, o interesse coletivo deve prevalecer ainda que sejam infinitas as particularidades de cada ser. Não conseguimos sobreviver isolados, não podemos continuar vivendo violentados por um sistema que só nos segrega e exclui. Me pergunto: como reunir pautas e fortalecer o poder do povo? Como mudar um sistema de interesses oligárquicos para beneficio da coletividade? Ao contrário de imposições e convicções, o que precisamos é ouvir para sermos ouvidos, trabalhar para crescermos e compreender para nos ajudarmos. Sou porque somos. Então, por onde começamos?