sábado, 20 de junho de 2020

mais uma da série: preciso colocar fontes

1. Introdução
Os indicadores econômicos são índices numéricos de caráter econômico e servem, a priori, para pontuar e caracterizar a situação de determinada empresa, região, estado ou país no período de tempo considerado. A partir de uma análise detalhada desses dados, pode-se averiguar, entre outras coisas, o nível de desenvolvimento de tal economia, bem como suas tendências e assim planejar uma estratégia eficaz e tomar uma decisão assertiva.
A um nível macroeconômico, compara-se os indicadores de diferentes países ou regiões geográficas através do Produto Interno Bruto (PIB), PIB per capita, Saldo da Balança Comercial, Nível Inflacional, Taxa de Desemprego, montante da Dívida Externa, etc. No setor financeiro, ou seja, nas transições entre empresas e bancos, há a Taxa Selic que é uma taxa estipulada para empréstimos entre bancos, a Poupança, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medindo a variação de preços e seu impacto no consumo das famílias, entre outros. E, levando em consideração o peso dos processos econômicos no meio social, existem outros tipos de indicadores que visam identificar essa interferência na rotina dos indivíduos do local analisado, são alguns deles: o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), taxa de natalidade e mortalidade, os índices financeiros que indicam a disponibilidade do consumidor em realizar compras, etc.
2. Produto Interno Bruto (PIB)
O PIB é principal indicador do potencial da economia de um país e consiste no somatório de toda a riqueza (bens e serviços finais) a valores monetários produzida por este país em um determinado período de tempo, sendo mais recorrente o cálculo anual ou trimestral. Cada país tem sua própria metodologia para o cálculo do PIB, no Brasil, a instituição produtora é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão governamental responsável pela coleta e emissão de dados socais, econômicos, etc. Técnicos especializados declararam necessária uma adequação aos padrões internacionais, que são orientações propostas pela ONU, pois assim se obtém dados mais próximos da realidade e com muito mais credibilidade. O novo método trabalha com mais fontes de informação e leva em consideração 110 produtos (antes eram 80) e 56 atividades econômicas (antes eram 43) e passou ainda a utilizar como fontes de dados as pesquisas anuais setoriais da Indústria, Comércio e Construção Civil do IBGE e as receitas declaradas das empresas à Receita Federal. A melhora metodológica significa um cálculo mais preciso das riquezas geradas no país.
O objetivo de se calcular é comparar o nível de crescimento econômico com outras localidades e evidenciar possíveis diagnósticos sobre problemas estruturais e financeiros. Além disso, fornece informações sobre os diversos setores primário (matéria-prima e insumos), secundário (máquinas, equipamentos e produtos finais) e terciário (serviços), demonstrando aqueles em que há uma maior ou menor geração de renda para então enunciar eventuais problemas em algumas atividades, demandando ações públicas para corrigir essas dificuldades.
Essa avaliação, no entanto, é limitada, devido a fatores como o tamanho do país e a quantidade de habitantes e por isso nem sempre o país com o maior PIB é mais rico que outro de menor PIB. Para resolver esse problema, existe o PIB per capita, que é o valor total divido pela número da população, para se chegar a proporção da riqueza em relação à sua população. Que apesar de ser mais preciso, ainda é limitado visto que essa média aritmética simples não leva em consideração a distribuição de riqueza, não revelando as relações de desigualdade. Para determinar se um país realmente se desenvolveu com relação ao seu crescimento do produto interno, alguns economistas como Amartya Sen, defendem a análise do PIB juntamente com análise do IDH.
3. PIB e os agentes econômicos
Existem três óticas que podem ser consideradas para a contabilização do PIB: a ótica da Produção, a mais utilizada, que é a soma de todos os serviços e bens finais, subtraindo o valor da matéria-prima e dos insumos, pois assim se evita o problema da dupla contagem, que consiste em considerar o preço de um componente que já estava incluído no produto finalizado. A ótica da Despesa, que é a soma das despesas de todos os agentes econômicos, são eles o consumo das famílias, os gastos governamentais, os investimentos e o saldo da balança do setor externo (subtraindo o valor das importações do valor das exportações). E a ótica da Renda, que é a soma da remuneração aos fatores produtivos, como salários, aluguéis, juros e lucros. Essa relação é uma identidade contábil: escolhendo um dos métodos, se chegará aos mesmos resultados dos outros dois, é usado inclusive como contra-prova.
Dito isto, o primeiro fator que influencia diretamente a variação do PIB é o consumo das famílias, quanto mais as pessoas gastam, mais o PIB cresce, e isso depende dos salários e dos juros. Se o salário é baixo e os juros altos nas prestações, as pessoas tendem a gastar menos, logo, o PIB cai. Os investimentos das empresas também influenciam no PIB. Se as empresas crescem, compram máquinas, expandem atividades, contratam trabalhadores, e assim movimentam a economia, caso haja juros muito altos, os empresários não gastam tanto investindo. Os gastos do governo são outro fator que impulsiona o PIB, ao realizar obras, por exemplo, são contratados empregados trabalhadores, além dos gastos com material e máquinas, o que ele eleva a produção geral da economia. As exportações, se maiores que as importações, também fazem o PIB crescer, pois mais dinheiro entrando no país é gasto em investimentos e consumo.
4. Setores da Economia no Brasil
O desempenho do PIB é decorrente da performance dos três setores que o compõem a economia: Agropecuária, Indústria e Serviços. No dia primeiro de março de 2018, o IBGE divulgou dados referentes ao PIB do ano de 2017, em valores correntes a 6,6 trilhões de reais e 31.587 reais per capita. Após dois anos seguidos (2015 e 2016) de queda, o PIB brasileiro voltou a crescer, representando o fim da recessão econômica no país, com o crescimento de 1,0% em relação ao ano anterior.
Este resultado é devido, pela ótica da oferta, ao excelente desempenho da agropecuária (+13%), a recuperação do setor industrial (0%) e a um setor de serviços que, já contribuiu de maneira positiva para o PIB de 2017 (+0,3%). Pela ótica da demanda, o consumo das famílias (+1%) e a exportação foram os principais componentes que contribuíram para o PIB positivo. A formação bruta de capital fixo, apesar de ainda negativa (-1,9%), destaca-se pela recuperação que apresentou durante o ano já que havia registrado 10,3% de retração em 2016.
Previsões: de acordo com muitos economistas, a economia brasileira vai crescer ainda mais em 2018 do que em 2017, com o controle inflacionário, queda do desemprego e retomada dos investimentos (internos e externos), o PIB brasileiro deverá crescer por volta de 3% neste ano (fonte: FGV - Fundação Getúlio Vargas).