sábado, 13 de junho de 2020

O fim do que nunca se iniciou

Na música, alguém prefere se queimar na cama, em chamas, por um outro alguém qualquer do que ficar só, retida em si. Eu, entretida em lembranças molhadas e destrutivas - submetida a quereres, carinhos e aflições e ainda assim desajustada à companhia -, não ouvi direito e achei que havia me identificado com a letra, voltei a reprodução para cantar em conjunto quando percebi o erro cometido, porque eu sou do tipo contrário. Em contrapartida à ilusão, me contemplo: prefiro estar só do que esta solidão.